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Mai 08

Penso que importa esclarecer quando é que o uso da palavra vários pode ser feito com legitimidade. O dicionário fala em diversos, numerosos, muitos, variados. Dito assim parece que não pode ser coisa pouca. Também fala, no entanto, em alguns, o que, por sua vez e assim de repente, me parece consideravelmente menos do que muitos ou numerosos. Está visto que por aqui não vamos lá. O que está mal, muito mal. Esta indefinição na definição do dicionário não me parece nada bem.

 

Acho que excluímos imediatamente o uno. Um, jamais. Vários são claramente mais do que um. E dois? Dois bastam? Não creio. Dois. Um, dois. Não me parece. A palavra terá de ser usada de três para cima. Três já são vários. É um plural, mas não é o primeiro plural. É um plural de segunda geração e isso já lhe permite outras regalias. Esta questão fica resolvida.

 

Outra, não de somenos importância mas claramente menos debatida, é a questão do limite superior. Podemos dizer vários até onde? Isto não tem fim? Aqui, só sei dizer que é minha firme convicção que este limite existe. Infinitos não são vários. Nem pensar. Agora onde é que exactamente isto pára, não sei dizer. Com muita pena minha.

publicado por ag às 19:55

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