27
Mai 08

Tenho uma capacidade estonteante para armazenar inutlidades na minha memória que faz pandan (isto escreve-se assim?) mas ao contrário com a minha capacidade igualmente estonteante de me esquecer de coisas banais mas extremamente úteis no dia-a-dia como será que trouxe carro hoje?, onde é que pus o multibanco? (o meu problema não é com o multibanco, que esse sei muito bem onde está, o meu problema é, isso sim, com um cartãozinho que sou obrigada a mostrar para almoçar na minha entidade patronal e que nunca está naquela bolsinha da minha mala especificamente reservada para guardar o cartãozinho que sou obrigada a mostrar para almoçar na minha entidade patronal* mas achei que se dissesse só multibanco funcionava melhor com o público em geral) ou onde é que raio pousei o telemóvel?, esta última agravada pelo facto de me ter tornado adepta do telemóvel sem som, apenas com vibração, o que faz não só com que a sua busca seja assaz penosa como faz também com que tenha sempre de ouvir um raspanetezinho dos antigos sobre quantas vezes é preciso dizer-te para pores som nesse telemóvel?, mas sobre isso não vos quero eu maçar.

 

Quero antes maçar-vos com a mais recente aquisição das inutilidades armazenadas. Esta linda musiquinha.

 

* Sobre esta questão o problema não é só não saber onde está. É efectivamente perder o cartão. Depois de o deixar três vezes no mesmo sitío, a senhora que o recolheu optou por escrever o meu nome no cartão, para não perder tempo a descobrir de quem era. Nós, os que temos o nome escrito no cartão, somos uma pequena comunidade.

publicado por ag às 00:02
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26
Mai 08

E aquele Jamie Oliver dá-se ao trabalho. E eu acho isso giro, como já disse.

 

Diz que queria que pelas escolas se comesse comidinha saudável. Isso implicava não só convencer os estudantes como mudar o que pelos refeitórios se serve. Isto foi filmado e passa num programa de televisão que acabei de visionar. Resumidinho, anda atrás da criançada para lhes mostrar como comida saudável pode ser saborosa e ensina as cozinheiras das escolas a fazer coisas bem apetitosas. Nem sei o que é mais hercúleo. Se a criançada, se as cozinheiras.

 

Mas disto tudo retive que há qualquer coisa de muito errado com aquela idade do ciclo/escola secundária. Aquela gente tem o Jamie Oliver, repito, o Jamie Oliver a cozinhar para eles e nem um leve manifesto de entusiasmo. Nada. O mais completo desprezo. Não compreendo. Temo bem que aos 12 anos me seria igualmente indiferente o que torna tudo isto mais assustador e deprimente.

publicado por ag às 17:20

23
Mai 08

A maior paixão dos Portugueses é a igualdade, não é a liberdade.

 

Agorinha mesmo, no jornal da TVI, a propósito da Feira do Livro de Lisboa

publicado por ag às 21:31

Penso que importa esclarecer quando é que o uso da palavra vários pode ser feito com legitimidade. O dicionário fala em diversos, numerosos, muitos, variados. Dito assim parece que não pode ser coisa pouca. Também fala, no entanto, em alguns, o que, por sua vez e assim de repente, me parece consideravelmente menos do que muitos ou numerosos. Está visto que por aqui não vamos lá. O que está mal, muito mal. Esta indefinição na definição do dicionário não me parece nada bem.

 

Acho que excluímos imediatamente o uno. Um, jamais. Vários são claramente mais do que um. E dois? Dois bastam? Não creio. Dois. Um, dois. Não me parece. A palavra terá de ser usada de três para cima. Três já são vários. É um plural, mas não é o primeiro plural. É um plural de segunda geração e isso já lhe permite outras regalias. Esta questão fica resolvida.

 

Outra, não de somenos importância mas claramente menos debatida, é a questão do limite superior. Podemos dizer vários até onde? Isto não tem fim? Aqui, só sei dizer que é minha firme convicção que este limite existe. Infinitos não são vários. Nem pensar. Agora onde é que exactamente isto pára, não sei dizer. Com muita pena minha.

publicado por ag às 19:55

21
Mai 08

A verdade é que, até certa idade, comi sal como quem come uns amendoins. Era um aperitivozinho, por assim dizer. Não aquela mariquice do sal fino, não senhor, mas sal a sério, sal verdadeiro. Nunca me deu para comer açúcar e, posso afirmar com toda a propriedade, não ia ser uma experiência a repetir - a confirmação, se dela precisasse, obtive-a  à porta de uma gabinete de análises clínicas, com uma desconhecida a despejar-me um pacote de açúcar pela garganta abaixo, que isso é uma quebra de tensão, porque com a minha filha também era assim, eu tinha que lhe dar açúcar e um copinho de leite, açúcar primeiro, mas é pena não ter aqui leite, que dava-lhe já e ficava logo melhor, perdia logo a vontade de vomitar, porque sabe que o leite faz muito bem ao enjoo, mas vá, vamos lá ver o efeito do açúcar. Eu caia aqui se isto não me causa ainda calafrios. Até hoje, nunca mais tive uma fraqueza depois de tirar sangue. Serviu-me de lição.

 

Dizia eu que sou uma pessoa de sal. Prefiro mar, pipocas com sal, castanhas com sal, maçarocas de milho assadas na brasa assim com grãozinhos de sal e só como salada enquanto vislumbrar o sal no seu estado sólido.

 

Qual é a relevância deste post? Zero, nadinha de nada, o mais absoluto vazio.

 

publicado por ag às 20:07

Mas isto é, de facto, extremamente divertido!

 

 

publicado por ag às 19:50
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15
Mai 08

Ou há, de facto, coisas mais interessantes para discutir?

publicado por ag às 00:35
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14
Mai 08

Faço parte dos 44,3% de pessoas que dão nota 10 ao Fight Club. É o filme perfeito. Argumento, realização, actores. Nada a apontar, por mais boa vontade que se tenha. Vi o filme há quase dez anos e é o único filme que me lembro de ter voltado a ver com vontade - acho tudo tão genial que nem sei que vos diga.

 

Mas, apesar das 110 927 pessoas que partilham esta minha sólida opinião, a classificação do filme não chega a preencher nove estrelinhas - fica-se pelos 8,7 (sendo que 9,1 é a pontuação mais alta atribuída pelo conjunto de seres humanos votantes) muito por culpa das mulheres, dos etáriamente mais avançados e dos americanos, segundo consta lá no report. Enfim, não sei que diga. Não sei que faça. Mas o que me magoa são os 5 308 que deram nota 1. Quem é esta gente? Quais são as suas intenções? Em que meios se movem? Hum? Isto é que importa saber.

publicado por ag às 00:07

13
Mai 08

E boazinhas, também. Por isso, dizem-me elas, aceitam sempre o jornal que lhes é oferecido por aí, nos semáforos lisboetas. Coitadinhos, deve ser muito chato estar ali e a mim não me custa nada. E a ti também não te custava. Chegas a casa e deitas fora. - Ouço eu, amiúde.

 

Ora bem. É este o problema das boas acções. O inferno está cheio delas. Aceito o jornal mas não leio o jornal. Não leio o jornal, não vejo a publicidade. Não vejo a publicidade, os Srs. Empresários não veêm retorno. Os Srs. Empresários não veêm retorno, os jornais gratuitos ficam sem financiamento. Ficam sem financiamento, acabam. Acabam, os Srs. dos Semáforos vão para o desemprego. Os Srs. dos Semáforos vão para o desemprego, as minhas amigas vão-me dizer Vês, custava-te alguma coisa teres ajudado? É por causa de pessoas como tu que este país está como está.

 

Enfim. Lido bem com a incompreensão.

publicado por ag às 18:52

12
Mai 08

Melhor do que ser ministro das Finanças é ser ex-ministro das Finanças

 

em entrevista ao Sexta

publicado por ag às 00:01
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